quinta-feira, 1 de julho de 2010

Kniphoff critica postura pouco ética do presidente da Câmara

“Lamento que Lanius não conheça as pessoas com as quais trabalha”
Na sessão da Câmara desta terça-feira o vereador Sérgio Kniphoff, do PT, manifestou sua indignação com o teor da entrevista concedida pelo presidente da Casa, Ito José Lanius, do PSDB, ao jornal A Hora, que fora publicada na edição da sexta-feira anterior. Disse que aceitava o pedido de desculpas que ele fez pessoalmente a todos os colegas, depois que a repercussão negativa do fato causou uma forte reação, dentro e fora da Câmara, mas que isso não resolveria o caso, uma vez que o dano causado pelas observações infelizes do colega iria permanecer.

Lanius dissera que falta capacitação entre os funcionários da Casa que ele hoje dirige, que não há profissionalização e que o quadro deveria ser 70% mais enxuto. “Estas declarações apenas servem para comprovar que Lanius sequer conhece as pessoas com as quais trabalha, o que é inconcebível para quem deseja passar a imagem de ser um gestor competente. Todo o pessoal administrativo da Câmara é muito dedicado e comprometido. O do serviço de apoio também.


E entre os assessores parlamentares há pessoas com curso superior e até pós-graduação, ao contrário do que ele supõe”, assegura Kniphoff.
O vereador petista também considera demagógica a insistência com que Lanius propõe a redução de dois para um assessor por gabinete. “Confesso que eu próprio, antes de ser eleito e sem conhecer a fundo todas as atividades que a atuação parlamentar pressupõe e exige, pensava parecido. Mas agora sei que não seria possível, nem para mim nem para outros colegas que tenham real desejo de honrar a votação que receberam, mantermos a estrutura com uma única pessoa”, revela. Segundo ele, nem mesmo Lanius, que em 2009 teve apenas um assessor, abriu mão de um segundo, agora que está no exercício da presidência, “mesmo não tendo se transformado em dois, como num passe de mágica, pelo simples fato de ocupar um cargo”.

Segundo Kniphoff a demagogia fica evidente quando se compara o desempenho do trabalho de cada gabinete. “Ito Lanius apresentou um único projeto de lei ao longo do ano passado. Do meu gabinete saíram 17, o colega Biluca Vanzin apresentou outros 16 e todos os demais o superaram de longe. Vale o mesmo para os requerimentos e as indicações”, assegura o petista. E ele lembra que existem também diferenças em função do perfil de cada parlamentar, no que se refere ao seu tipo de público e à demanda que isso ocasiona. Cita, por exemplo, que no gabinete de Lanius entra num mês número menor de pessoas do que no gabinete do Schefer, num único dia. “Tem que ficar claro que não existem vereadores bons e vereadores maus, sendo que cada um representa determinado segmento da sociedade. Só que esta insistência numa atitude demagógica termina obrigando os demais a mostrar à população o trabalho pífio feito por ele”, explica o petista.

Kniphoff ressalta que conhece pessoalmente o repórter que fez a entrevista, destacando sua índole, sua competência e sua boa formação familiar. “Não se pode duvidar um só instante que houve a reprodução exata do que foi dito. Além disso, existe coerência entre as afirmações publicadas e as ideias que Lanius sempre defendeu”, afirma ele. O vereador recomenda ao colega a leitura dos artigos 37 a 41 da Constituição Federal, que tratam da gestão pública. “Existem diferenças enormes entre a gestão da coisa pública e a empresarial, que é privada. As preocupações e responsabilidades são totalmente diversas, devido ao aspecto social”, complementa.

Para concluir, o vereador acrescenta que foi especialmente infeliz este súbito “ataque de sinceridade” de Lanius, porque veio numa hora em que o Legislativo começava a reverter uma má imagem diante da opinião pública. “Isso vinha sendo gradualmente construído com postura séria, com campanhas comunitárias, com trabalho árduo. E agora demos um passo para trás nesta nossa caminhada”, lamenta ele.

2 comentários:

  1. Luís Galileu G. Tonelli12 de julho de 2010 às 12:10

    Falácia, populismo ou demagogia. Reclamar dos funcionários nada mais é do que falar o que os tolos querem ouvir. Ouve-se que não se pode dar aumento aos professores por serem a classe mais numérica. Bom se o são, isso quer dizer que são necessários.

    O problema não é pagar os funcionários ou em que número eles se apresentam, desde que façam um bom serviço e fiquem a disposição da comunidade, ~soa necessários.

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  2. petezada que mente. cacos

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