quarta-feira, 31 de março de 2010

Zen admite na Rádio Independente que Kniphoff disse a verdade sobre mau uso de caminhão da Prefeitura

Lajeado – O vice-prefeito de Lajeado, Sidinei Zen, admitiu em entrevista concedida no programa do radialista Renato Worm, na manhã desta quarta-feira, 31 de março, que a denúncia feita pelo vereador Sérgio Kniphoff, na véspera, era verdadeira. Na sessão da Câmara, terça-feira, o vereador revelou que um caminhão Agrale, adesivado com os logotipos da Administração Municipal, havia feito uma mudança na tarde anterior, na Avenida Alberto Pasqualini, altura do número 2322.

Com a evidência de uso de veículo e funcionários públicos a serviço de um particular, Kniphoff pediu explicações. Queria saber se residia alguma família carente no local e qual seria o seu cadastro na Sthas. Perguntou também se não havia algum servidor público ou familiar seu que residisse ou estivesse indo residir no endereço. E pediu acesso ao protocolo e ordem de serviço. Mas as dúvidas duraram apenas até a manhã seguinte.

Na Rádio Independente, Zen relatou que o caminhão está lotado na Secretaria da Agricultura e realmente fez a mudança para um particular. Disse ainda que isso foi autorizado por um funcionário, sem o seu conhecimento. O que é difícil de entender e admitir, considerando-se que a pessoa beneficiada pelo “servicinho” é um sobrinho do vice-prefeito.

“Não tem mais como deixar para depois. Temos que adotar agora mesmo o novo sistema de identificação visual e planilha de bordo, conforme a lei que foi proposta no ano passado e promulgada pelo presidente da Câmara, devido ao incompreensível veto da prefeita”, afirma Kniphoff. Ele acha que se isso não for feito, denúncias deste porte ou piores vão continuar acontecendo.

O vereador se refere à Lei 8.307, um texto de sua autoria. Ela torna obrigatória a identificação visual e uso de planilha de bordo, tanto em veículos leves quanto em máquinas pesadas, para dificultar o seu uso indevido. Na identificação, precisa estar o setor e o telefone; na planilha tem que constar data, hora e quilometragem (de saída e de chegada), destino específico, procedimento para o qual se deslocou, volume de combustível abastecido e assinatura dos motoristas e operadores.

Um comentário:

  1. Luís Galileu G. Tonelli1 de abril de 2010 às 15:22

    Na verdade, na verdade. Pedir que esse cadastro de uso de veículos seja feita é ridículo. Quero dizer que isso é o mínimo existir um projeto para isso chega a ser piada. Devia ser obrigatório esse controle, como qualquer setor privado faz.

    Mas manter o atual sistema leva a isso o que vimos. Carros públicos a serviço particular. E que deixem de ser mãos de vaca, um frete dentro da cidade dificilmente passaria de R$ 75,00.

    O veto da prefeita só nos faz acreditar que ela deva estar se beneficiando, ou os seus com essa pratica de (des) controle atual.

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