sábado, 27 de fevereiro de 2010

OAB pede proteção à pessoa que vai depor contra Klaus

Kniphoff: “é uma vergonha a situação criada com a ameaça à testemunha” Lajeado – “Há grupos e pessoas, na política local, com atitudes tão baixas que envergonham quem está no meio por convicção e não por interesses. A população em geral já percebeu isso e não é por acaso que sinaliza para a necessidade urgente de mudanças.” A manifestação é do vereador Sérgio Kniphoff, do PT, diante da recente providência da Ordem dos Advogados do Brasil em solicitar ao Ministério Público a proteção de uma testemunha de acusação contra o ex-vereador Márcio Klaus, do PSDB, ex-presidente da Casa Legislativa, cassado por compra de votos na última eleição.

A captação ilícita teria se dado em 2008 e mais uma audiência sobre caso está marcada para 04 de março, no Foro da Comarca de Lajeado. A testemunha que pediu proteção estaria sendo ameaçada pela “pastora” de uma igreja situada próximo onde ela reside com a família. Consta que a religiosa teria recebido doações de material de construção da igreja, por parte do vereador, que concorria à reeleição.
Como a testemunha e sua família se opuseram ao fato e denunciaram a situação ao Ministério Público, começou a ocorrer perseguição e hostilidade. O que se agravou agora, com a proximidade de uma audiência com a tentativa de mudar seu depoimento. Há até mesmo a informação de um atentado, na quinta-feira, com dois homens numa moto desferido tiros contra ela. “Não podemos permitir que um crime, no caso o eleitoral, se torne ainda motivação para outros, de forma continuada. A política precisa alcançar outro patamar, ser instrumento para o desenvolvimento social e econômico, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Não sendo assim, ela não teria razão de ser”, comenta o vereador.

Kniphoff espera que o julgamento deste início de março faça justiça. E sirva de exemplo, para nortear as condutas nas próximas eleições municipais. “Não se trata de uma posição pessoal contra Klaus, ou partidária contra o PSDB. Trata-se da vontade de ver a política livre de tudo o que possa depor contra ela. Trata-se de desejar que os embates se dêem apenas no nível ideológico, de propostas”, conclui ele.

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