quinta-feira, 24 de junho de 2010

“Lajeado comemora ter feito 11 casas populares em um ano. Santa Cruz do sul fará mais de mil.

Lajeado – O vereador Sérgio Kniphoff, do Partido dos Trabalhadores, voltou a abordar, na sessão desta terça-feira, o assunto da necessidade de construção de casas populares para atender ao menos parte da demanda reprimida existente no município. E não poupou críticas ao atual governo, que anunciou como muito positivo ter construído 11 casas novas e reformado mais uma, ao longo do último ano. “Isso é ridículo, diante do grande número de famílias que estão na fila, pedindo que lhes assegurem condições mínimas para viver com dignidade sob um teto que possam chamar de seu”, afirma o vereador. Ele aproveitou para comparar o desempenho da administração de Lajeado com outras cidades da região, que souberam desenvolver projetos e se habilitaram aos recursos federais que existem com abundância para este setor, no Governo Lula, sendo muito pequena a contrapartida municipal.

“Santa Cruz do Sul está recebendo verba para 1.060 casas em 2010, Roca Sales para 130, Encantado para 61 e Venâncio Aires, que já entregou 72, para mais 330. Estamos citando apenas algumas localidades próximas, porque não se precisa mais para comprovar a falta de competência dos nossos gestores”, afirma Kniphoff, de modo contundente. Ele relatou também visita que foi feita por seus assessores a estas casas entregues, citando algumas das constatações. “Há quatro das construídas, uma ao lado da outra, onde apenas a primeira recebeu ligação elétrica e as demais tiveram que puxar o fio para si, dividindo a conta ao final de cada mês. Quando alguém vai tomar banho, tem que gritar pela janela para que nenhum dos vizinhos faça o mesmo, ou cai a energia, deixando todos às escuras”, conta o vereador.

Outros relatos impressionantes são sobre uma porta, que só permanece em pé quando chaveada, tendo que ser retirada durante o dia; do declive de terra batida, que leva água, barro e lixo para dentro da residência, quando chove; e a incrível história de uma vizinha que cria pintos numa gaiola, pois quando os deixa livres eles são devorados pelos ratos. “Antes se falava na necessidade de cerca de mil e duzentas casas, segundo diagnóstico contratado pela própria Prefeitura. Depois que levantaram 11, num passe de mágica refizeram as contas e o número caiu para perto de 850. Mesmo assim, no ritmo deste último ano, levaríamos mais de 70 anos para resolver o problema atual, se de agora em diante o crescimento populacional fosse zero”, calcula Kniphoff. O vereador conclui dizendo que é preciso mais ousadia e projetos, em substituição a discursos e inércia. “É urgente. Não se pode continuar empurrando o problema com a barriga. Estas famílias precisam de recursos e de trabalho sério das autoridades, para que as pessoas sejam incluídas como cidadãs na vida e na história do nosso município”, cobra o petista.

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