segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

VAGAS NAS “CRECHES” MUNICIPAIS

O que tenho acompanhado de perto nos últimos anos, em virtude da minha profissão (Pediatria), é a evidente melhora da qualidade do atendimento/acolhimento das crianças nas EMEIs (creches), graças ao trabalho, nem sempre valorizado como deveria, das suas educadoras. Tem tornado o espaço da escola uma verdadeira extensão das famílias das crianças por elas atendidas. Existe uma preocupação constante no processo de formação do caráter das crianças através da aproximação e trabalho conjunto com as famílias.
No entanto não podemos colocar debaixo do tapete, os problemas quando existem. No início de cada ano nos deparamos sempre com os problemas recorrentes. O primeiro deles é referente à falta de vagas nas creches. As famílias tem se inscrito ainda com as crianças na barriga da mãe, com medo que lhes faltem vagas. E mesmo assim não conseguem. As desculpas são as mais diversas: falta de creches, falta de professores, falta de repasse de recursos da União ou do Estado, etc.
O que os representantes do Executivo (secretários) precisam entender é que os salários a eles pagos com o dinheiro arrecadado através dos impostos da população, servem para buscarem uma solução urgente, e não simplesmente dando desculpas. A população precisa ter um mínimo de segurança na hora de sair para trabalhar, e deixar seus filhos num lugar que confiem. A licença maternidade de quatro meses obriga a mãe a retornar para o trabalho precocemente. O Município, que deveria dar o exemplo e aderir à licença de seis meses para suas funcionárias e estimular outras empresas a fazerem o mesmo, tendo uma Prefeita mulher, mãe e ex-professora, não o faz. “O que podemos esperar?”

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