Ficha limpa para CCs: "Valerá para qualquer governo", enfatiza Kniphoff

O projeto de lei apresentado pelo vereador Sergio Kniphoff (PT), que pretende barrar a contratação, para cargos públicos - tanto no Executivo quanto no Legislativo -, de candidatos inelegíveis, foi pauta na sessão de ontem. O líder do governo na Câmara, Círio Schneider (PP), tentou levar a questão para os âmbitos estadual e federal, levantando situações envolvendo petistas em nível de União, mas foi lembrado, pelo autor da proposta, de que no município também houve casos judiciais envolvendo representantes da Administração. Schneider trouxe de volta o caso de Antônio Palocci e José Dirceu, envolvidos, segundo ele, no “mensalão”. “Até hoje, ninguém devolveu alguma coisa ou foi preso”, declarou Schneider, que garantiu que o Executivo Municipal vem, ao longo dos anos, selecionando os cargos em comissão que atuam no Poder Público. “Se alguém está com uma questão judicial não deveria integrar o governo, principalmente o primeiro escalão”, sentenciou.

Kniphoff contestou o vereador da situação. Em primeiro lugar, corrigiu-o, observando que Palocci não estava envolvido no mensalão. Quanto a José Dirceu, citou que o caso diz respeito ao caixa 2 em campanhas eleitorais, o que também teria ocorrido na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e não apenas no governo Lula. Frisou não ter citado nomes em seu projeto, que “valerá para qualquer governo”, e mencionou o caso de revista de prestação de contas da prefeitura em 2002, quando o ex-prefeito Claudio Schumacher e secretários foram condenados a devolver os valores da publicação, além do “caso dos pneus”, que ainda não foi encerrado. “Não citei o nome de ninguém nem levantei dúvidas em relação aos atuais CCs”, enfatizou Kniphoff.

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