segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

FÉRIAS COLETIVAS NAS CRECHES MUNICIPAIS

Este é o segundo problema enfrentado pelas famílias assim que começa o ano. Chega o mês de janeiro, as famílias precisam procurar um local na vizinhança para acomodar seus filhos, porque as creches ficam fechadas todo o mês. As razões expostas pelo Executivo são até compreensíveis: as crianças precisam ficar com os pais em casa e não serem terceirizados a uma Escola, necessitando de manutenção como pinturas e reparos, além das professoras organizarem suas merecidas férias, etc. Tudo isto é aceitável.
Esqueceram, no entanto de combinar com a classe patronal da cidade, de que aqueles funcionários que tiverem filhos em creches municipais deveriam receber também férias no mês de janeiro. Penso que seria mais fácil passar a chave no trevo da cidade e colocar uma faixa “CIDADE EM FÉRIAS COLETIVAS – VOLTEM EM FEVEREIRO”.
Isto me leva a pensar que, a atitude serve muito bem para resolver um problema do Executivo (pago para encontrar soluções), mas não há um mínimo de preocupação com as famílias, incorrendo numa inversão total dos objetivos do Poder Público. Não é de se surpreender o porquê que a classe política está tão desacreditada: o Estado (União, Estados e Municípios) não vem cumprindo com o seu papel mínimo. O mais surpreendente é que o Ministério Público local concorda com os argumentos apresentados pelo Executivo Municipal! “O que podemos esperar?”

VAGAS NAS “CRECHES” MUNICIPAIS

O que tenho acompanhado de perto nos últimos anos, em virtude da minha profissão (Pediatria), é a evidente melhora da qualidade do atendimento/acolhimento das crianças nas EMEIs (creches), graças ao trabalho, nem sempre valorizado como deveria, das suas educadoras. Tem tornado o espaço da escola uma verdadeira extensão das famílias das crianças por elas atendidas. Existe uma preocupação constante no processo de formação do caráter das crianças através da aproximação e trabalho conjunto com as famílias.
No entanto não podemos colocar debaixo do tapete, os problemas quando existem. No início de cada ano nos deparamos sempre com os problemas recorrentes. O primeiro deles é referente à falta de vagas nas creches. As famílias tem se inscrito ainda com as crianças na barriga da mãe, com medo que lhes faltem vagas. E mesmo assim não conseguem. As desculpas são as mais diversas: falta de creches, falta de professores, falta de repasse de recursos da União ou do Estado, etc.
O que os representantes do Executivo (secretários) precisam entender é que os salários a eles pagos com o dinheiro arrecadado através dos impostos da população, servem para buscarem uma solução urgente, e não simplesmente dando desculpas. A população precisa ter um mínimo de segurança na hora de sair para trabalhar, e deixar seus filhos num lugar que confiem. A licença maternidade de quatro meses obriga a mãe a retornar para o trabalho precocemente. O Município, que deveria dar o exemplo e aderir à licença de seis meses para suas funcionárias e estimular outras empresas a fazerem o mesmo, tendo uma Prefeita mulher, mãe e ex-professora, não o faz. “O que podemos esperar?”

CIRURGIAS ELETIVAS

No final do último ano, a Câmara de Vereadores de Lajeado destinou R$ 546.284,50 para a Secretaria Municipal de a Saúde começar a pactuar com o hospital local a realização das cirurgias eletivas que se acumularam nos últimos anos. Chegam a um número espantoso: em novembro de 2011 eram 670 pacientes na fila de espera. Isto que o Hospital vem realizando 20 por mês, pactuado com o governo Estadual. A notícia que nos chega é de que as cirurgias já começaram a ser realizadas nos hospitais de Arroio do Meio, Taquari, menos em Lajeado.
A minha pergunta é a seguinte: Se você tiver um bom Plano de Saúde e tiver possibilidade de escolher o local para realizar sua cirurgia, levando em conta todo avanço tecnológico incorporado à saúde nos últimos anos, que serviço você escolheria?
Acompanhamos a evolução do Hospital Bruno Born nos últimos anos. Todo investimento em qualidade de diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico, deveu-se ao esforço de médicos, direção e principalmente da comunidade. A comunidade aqui é representada por líderes que participam das decisões do Conselho de forma voluntária. Então parte do investimento realizado no Hospital Bruno Born é privada, mas a maior parte do capital usado para as reformas é proveniente de recursos públicos (arrecadado através de impostos cobrados de todos nós). Portanto o HBB é fruto do esforço de toda a comunidade.
Novamente pergunto por que o pobre, que não tem Plano de Saúde, precisa ser levado para ser operado em Taquari, criando um problema imenso para toda sua família. Nada contra o bom hospital de Taquari ou mesmo de Arroio do Meio. A doença do pobre é diferente da doença do rico? A dor do pobre não é merecedora de um tratamento no hospital que ele mesmo ajudou a crescer e desenvolver?
O problema está novamente na gestão. Os secretários que são pagos com dinheiro arrecadado dos impostos, nunca deveriam se acomodar e ficar apenas reclamando das outras instâncias de Poder (União e Estado). Ele é pago para não se acomodar. Ele é pago para se indignar. O que me parece que a atual Administração de Lajeado está acomodada, perdeu (se é que teve um dia) a capacidade de se indignar com as injustiças! “O que podemos esperar?”

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

KNIPHOFF COBRA EXPLICAÇÕES SOBRE AUMENTO DO VALOR DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS

Na reunião ordinária desta terça-feira o Vereador Sérgio Kniphoff (PT), solicitou cópia de todo o processo licitatório referente à concessão do transporte coletivo urbano e das planilhas de custos, fornecidas pelas empresas, desde 2002, para justificar o aumento das passagens. Citando o crescente reajuste da frota e a falta de estacionamento, o petista defendeu melhorias no serviço, o que acarretaria a redução no número de automóveis nas ruas e até a redução das tarifas. Kniphoff enfatiza que uma saída deve ser buscada de forma coletiva diante de um colapso no trânsito dentro de alguns anos.Em relação à majoração das passagens, ele citou projeto de Antônio Schefer (PTB) o qual pretendia fazer com que a proposta de valores fosse submetida à apreciação dos vereadores. “Seria uma forma de a população se manifestar”, declarou.